Dor ciática é um tanto quanto
comum nos pacientes com “hérnia de disco”, incluo nesse grupo os pacientes com
protrusão e prolapso, que são casos tratados de maneira convencional na clínica
médica e fisioterápica. Casos como extrusão e sequestro livre são na verdade
indicados a cirurgia. Mas o que na verdade ocorre?
É
bastante comum o paciente relatar que não sentia dor, ou que sentia dores
lombares leves, que ao tomar medicamento ou descansava a dor ia embora, mas que
em um determinado dia sentiu, “do nada” uma irradiação que ficou constante, ou
mesmo que ficou “travado”. Quando faz a ressonância, pronto o diagnóstico tá
fechado! Hérnia de disco!
Mas
será que isso resolve o problema clínico do paciente? Muitas das vezes tomam
medicamentos anti-inflamatórios e a dor nada de melhorar! E quando o paciente
não apresenta praticamente nenhuma dor a palpação, e num determinado movimento
a dor aparece bem discriminatória, seguindo um trajeto bem “desenhado”? O que
fazer ou pensar?
Tem-se
a ideia errada que a “hérnia toca o nervo”. Pensando que o nervo, dentro do forame
espinhal, representa cerca de 1/4 do espaço total do canal de conjugação
(ilustrado ao lado), isso parece um tanto impossível. O restante do espaço é
preenchido por tecido gorduroso, veias radiculares, artérias espinhais e nervo
sinovertebral.
O
que de fato há num processo radiculopatia é uma reação inflamatória local onde
ocorre congestão venosa, aliada a má nutrição local e instalação de edema, que
perturbam conjuntamente todo o segmento, levando ao indivíduo apresentar
espasmos protetores e queixas de origens neurais como respostas. Afinal, o
nervo está submetido a um estresse nutricional, e de interface mecânica local,
provocado pelo o edema presente.
Nisso,
a interface mecânica entre a raiz nervosa e os músculos envolvidos leva a uma
irritação continuada, diminuindo a mobilidade do nervo nesse segmento, o que
repercute como um todo no seu trajeto.
Então,
qualquer abordagem que não vise dessa interface mecânica, diminuindo o espasmo,
melhorando a nutrição, devolvendo a mobilidade do nervo ao longo do seu
percurso, será, certamente, insuficiente para resolução do caso do paciente.
Se
faz extremamente necessário o conhecimento do percurso do dermátomo, bem como
os teste neurais e mobilizações para o nervo acometido.
Quanto
a mobilização a ser aplicada pelo clínico, bem como posturas domiciliares a serem
adotadas poderão ser tratada numa postagem posterior.
Ft. Dr. Diêgo Sales (Diplomando em Quiropraxia)
Organizador do Blog
Ft. Dr. Diêgo Sales (Diplomando em Quiropraxia)
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